A State of Search Brasil 4 revela que, em 2023, os brasileiros adquiriram diferentes comportamentos e canais de busca, variando de acordo com o nicho do produto ou serviço desejado — além de desvendar como usuários e consumidores enxergam tendências, como o uso da Inteligência Artificial.
A Hedgehog Digital Brasil apresenta a quarta edição da pesquisa State of Search Brasil, em parceria com a Opinion Box. Essa pesquisa se aprofundou no comportamento dos brasileiros em relação à busca de informações, serviços, conteúdos e produtos, fornecendo números e dados atualizados, para mantê-lo informado sobre o atual cenário e as últimas tendências do mercado.
Além disso, a pesquisa explorou tópicos de extrema relevância atual, incluindo a utilização da Inteligência Artificial, uma tecnologia altamente debatida e com grande potencial. Adicionalmente, analisamos de perto o papel do gigante Google e o impacto que ele exerce nas dinâmicas de pesquisa.
No entanto, não paramos por aí: nosso estudo mergulhou nos principais canais de busca, além do Google, como marketplaces e redes sociais. Examinamos suas finalidades, hábitos de pesquisa e rastreamos as mudanças de comportamento ao longo dos anos. E, ainda, conduzimos uma investigação minuciosa sobre o interesse por cada segmento de conteúdo, produto ou serviço.
A pesquisa foi conduzida em todo o território nacional, com a participação de mais de 4 mil entrevistados, ao longo dos meses de junho a agosto de 2023. Como uma agência de SEO, nosso objetivo principal é descobrir os hábitos de busca dos brasileiros e identificar estratégias de marketing digital que podem ser aplicadas para aumentar o tráfego orgânico.
Confira a seguir uma análise detalhada dos resultados dessa pesquisa, com insights valiosos sobre o comportamento e canais de busca dos brasileiros. Além disso, saiba o que estão buscando com mais frequência e qual é a sua jornada de compra.
Quem respondeu à pesquisa?
O estudo abrangeu homens e mulheres com idade acima de 16 anos. No total, foram conduzidas 4.137 entrevistas online, abordando 75 perguntas, no período de 20 de junho a 3 de agosto de 2023.
Em relação ao perfil dos entrevistados, foi observado uma divisão balanceada entre os gêneros, com 52% de participantes do sexo feminino e 48% do sexo masculino.
Além disso, a pesquisa contou com a participação de todas as faixas etárias (+16), rendas e regiões do Brasil. Com destaque para Região Sudeste, onde habitam 47% dos entrevistados, e para jovens de 16 a 24 anos, que juntos corresponderam a 28% do total.
No que diz respeito à renda familiar mensal dos entrevistados, observou-se que 30% deles se encontravam na faixa de renda entre R$ 1.321 e R$ 2.640. Quanto ao Critério Brasil, a maioria dos participantes, representando 52%, se enquadrava no Critério B.
Por fim, a pesquisa também considerou onde moravam os respondentes: 44% moram na capital, 31% no interior do estado e 25% na região metropolitana.
Hábitos de pesquisas: entendendo o comportamento do consumidor
Mantendo a mesma tendência dos anos anteriores, os resultados mostraram que o percentual de pessoas que realizou uma pesquisa online nos últimos 12 meses aumentou.
Além disso, em relação às buscas, independentemente do aparelho utilizado, elas permanecem sendo feitas principalmente por texto, revelando a predominância da escrita nas formas de interação.
Dessa forma, 96% dos entrevistados afirmaram que fizeram alguma busca de informações em um computador ou notebook. Já pelo smartphone ou tablet, 98% fizeram alguma busca de informações no último ano. Veja os resultados!
Quais são os tipos de pesquisa realizadas no Smartphone/Tablet?
Na atualidade, os smartphones e tablets desempenham papéis centrais na maneira como as pessoas se comunicam e procuram informações e soluções diárias. Dessa forma, quando se trata das buscas por meio desses aparelhos, 63% dos entrevistados afirmaram que essas pesquisas são rápidas, com o intuito de responder dúvidas do dia a dia.
Essa tecnologia não é apenas utilizada por sua agilidade, mas também pela capacidade de proporcionar novos saberes. Logo, 21% afirmaram que utilizam esses dispositivos para aprender uma nova habilidade/conhecimento.
Dessa maneira, 43% dos entrevistados afirmaram que a quantidade média de buscas que realiza por dia está entre 5 e 10, com a principal finalidade sendo descobrir/comparar preços (66%).
Segundo a pesquisa, ficou evidente que os brasileiros estão usando mais esses aparelhos, visto que 58% afirmaram que passaram a utilizá-los com mais frequência. E, quanto maior a idade do entrevistado, maior foi o aumento do uso do celular/tablet como principal instrumento de pesquisa.
Como os brasileiros buscam no Computador/Notebook?
Como mencionado acima, 96% das pessoas fizeram uma busca de informações nesses dispositivos nos últimos 12 meses.
Em relação aos tipos de buscas nos computadores ou notebooks, o estudo mostrou que a maioria desses usuários (80%) realizaram pesquisas apenas por meio de texto/digitando. Enquanto 18% dos entrevistados buscaram tanto por texto/digitando quanto por voz/falando. E apenas 2% utilizaram apenas a pesquisa por voz/falando.
Interessante notar a quantidade média de buscas diárias nesses dispositivos, tendo 40% respondido que realizam 5 e 10 buscas por dia usando texto/digitando. Além disso, a maioria dessas buscas (70%) são focadas em descobrir ou comparar preços.
A queda da busca por voz
Já as buscas por voz permanecem sendo mais realizadas nos smartphones/tablets (29%) do que em computadores/notebooks (20%).
Também é importante a observação que a busca por voz, após ter tido um crescimento considerável em 2021, segue sofrendo uma queda, chegando a alcançar o menor percentual já registrado nesta pesquisa.
A importância da pesquisa para compras online e lojas físicas
Para esse tipo de jornada, a pesquisa é uma etapa essencial em todos os tipos de compra. Além disso, não importa qual dispositivo seja utilizado, o primeiro passo para tomar uma decisão de compra é realizar pesquisas na internet, seja no Google ou em outros buscadores.
Dessa forma, é possível confirmar a importância da pesquisa no momento da compra, visto que boa parte dos consumidores inclui a busca como uma etapa crucial antes de realizar uma compra.
Projeções do futuro das buscas
No que diz respeito à percepção dos entrevistados sobre as pesquisas, pode-se notar que o consumidor tem uma visão positiva em relação à quantidade, qualidade e facilidade das buscas realizadas nos últimos 12 meses, bem como quanto às expectativas para o futuro.
Assim, 6 em cada 10 pessoas acreditam que aumentarão a frequência de suas pesquisas no próximo ano, enquanto 7 em cada 10 pessoas acreditam que terão maior facilidade e encontrarão mais qualidade nos resultados.
Como resultado, o número médio de pesquisas diárias aumentou, e agora as pessoas realizam, em média, de 2 a 10 buscas por dia, por tipo de busca-aparelho, ou seja, digitando/voz e smartphone/tablet ou computador/notebook.
Independentemente do tipo de busca ou dispositivo, as pesquisas continuam sendo feitas para buscar novas informações e conhecimento acerca do produto ou serviço.
Quais são os canais de busca mais populares e suas finalidades?
Não importa a forma ou o dispositivo utilizado para realizar buscas: o Google permanece sendo o canal mais utilizado. Da mesma forma, como no ano anterior, o Youtube segue como o segundo canal mais utilizado.
Contudo, é importante ressaltar que houve uma queda geral tanto na forma de texto quanto em áudio dos demais canais, principalmente no Youtube, nos sites das empresas e no Instagram.
As finalidades para as quais as pessoas utilizam as buscas mudam de acordo com o canal de pesquisa. De forma geral, os principais motivos são para se informar sobre assuntos diversos, pesquisar informações sobre os produtos, descobrir/comparar preços e se informar a respeito de serviços.
Segundo 85% dos entrevistados, o Google é mais utilizado para a finalidade de informação sobre assuntos diversos.
Do mesmo modo, os populares canais Youtube (76%) e o TikTok (75%) são amplamente utilizados para obter informações de temas variados.
O Youtube também é bastante utilizado para aqueles que buscam conhecimento sobre produtos (69%) e para saber a opinião e avaliação de outras pessoas (53%).
Por outro lado, quando falamos sobre pesquisas de informações sobre produtos, destacaram-se os sites das empresas (86%), Google (74%), sites de comparação de preço (69%) e o Youtube (69%).
Já na área de comparação e descobrir os preços, os canais mais acessados são o Google (62%) e os sites de comparação (74%). Além disso, na procura de serviços, o LinkedIn e o Google se destacaram com 61%.
Por fim, outros fortes canais aparecem nas buscas para saber a opinião/avaliações de outros usuários: o Reclame Aqui (70%), seguido pelo Youtube (53%) são os mais evidentes.
Como os hábitos de pesquisa mudaram nos últimos anos?
Desde o início da pandemia de Covid19, quando o brasileiro estreitou sua relação com o mundo digital, 99% dos usuários afirmam que realizaram buscas por novos assuntos. Ou seja, em todos os nichos, acontece anualmente a expansão do mercado consumidor para compras online, por meio dos buscadores.
Outro dado fundamental para essa constatação é que mais da metade dos brasileiros entrevistados (51%) começaram a pesquisar por compras online em 2023. Enquanto 42% já pesquisavam e pretendem manter esse hábito.
Além da compra, houve um grande aumento de novas buscas sobre temas relacionados ao turismo (40% dos respondentes), educação e entretenimento (38%).
Compras e Turismo foram os temas que tiveram o maior índice de manutenção de buscas, 42% e 32%, respectivamente.
Quais categorias dominam as pesquisas?
Além dos temas citados acima, outras categorias foram muito relevantes e fazem parte das que dominaram a rotina de buscas do brasileiro, de acordo com a State of Search Brasil 4.
Entre intenção de busca por informações ou de compra, os nichos predominantes em 2023 foram: moda (42% dos entrevistados pesquisam sobre o assunto), alimentação (40%), turismo (34%), cursos (33%) e eletroeletrônicos (33%).
Confira a seguir os detalhes e dados sobre como os usuários pesquisam de acordo com essas e outras categorias.
Moda (calçados, roupa, acessórios): busca em crescimento
A busca por moda foi uma das categorias que se manteve com um crescimento expressivo, se comparado ao último ano. Além do índice de novos adeptos, que você pode conferir no infográfico acima, 37% dos usuários que já tinham o hábito desse tipo de pesquisa estão buscando ainda mais em 2023.
O principal canal utilizado por quem deseja encontrar produtos ou informações sobre moda é o Google (69% dos entrevistados), seguido pelos sites das empresas (49%) e Instagram (44%, com tendência de queda).
A maioria dos consumidores (61%) afirmaram usar tanto o computador/notebook quanto o smartphone. O que indica uma necessidade de extrema otimização da sua plataforma para ambos os formatos.
Delivery de comida: a busca continua essencial
O setor de delivery também manteve seu índice de crescimento, em comparação ao ano anterior. Foi uma das tendências que ganhou tração com a pandemia da Covid19 e continua em expansão.
Para se ter uma ideia, 37% dos usuários que já tem o costume de procurar por delivery de comida na internet, aumentaram a frequência desse hábito, e 46% mantiveram seus ritmos. Enquanto apenas 18% pesquisam menos agora do que antes.
O principal canal para essas pesquisas ainda é o Google, de acordo com 47% dos brasileiros entrevistados. No entanto, a State of Search Brasil 2023 registrou uma tendência de queda para esse buscador, de 6 pontos percentuais, em relação ao ano anterior. Uma característica excepcional do segmento de alimentação (delivery e supermercado).
Já o formato que esses consumidores mais utilizam é, majoritariamente, o mobile, através dos smartphones.
Turismo: o protagonista das buscas
O setor de turismo é o grande protagonista da rotina de pesquisa dos brasileiros, com o alcance de 72% dos entrevistados. Aqui estão inclusas a procura por passagens, hospedagens e pacotes de viagem.
A maioria dos usuários que já tinha o hábito de consultar os buscadores sobre o tema, no ano passado, está pesquisando mais em 2023 — e apenas 10% pesquisam menos do que em 2022.
Esses consumidores utilizam ambos os aparelhos, smartphones e computadores, de uma maneira bem equilibrada. O que demanda uma eficiente estratégia omnichannel e multiplataforma, associada a um plano de SEO — já que o Google é o principal canal de busca, utilizado por 79% dos brasileiros interessados.
Leia também: Como criar uma estratégia de autoridade para dominar seu nicho e as primeiras posições do Google
Cursos: o saber em constante crescimento
Mesmo com o fim da pandemia de Covid19 e do isolamento social, a busca na internet por cursos continua em crescimento, uma vez que 42% das pessoas passaram a buscar mais sobre o tema em 2023.
A grande maioria dessas pesquisas são realizadas no Google (74%), logo seguido pelo Instagram (42%) e Youtube (38%), estes com tendência de queda.
Quem busca por cursos utiliza tanto o smartphone quanto o computador, foi o que responderam 64% dos entrevistados, com uma leve preferência pelo mobile, como você pode notar no infográfico abaixo.
Eletroeletrônicos: a tendência dos brasileiros
O setor de eletroeletrônicos é o mais visitado pelos brasileiros no Google. São 80% dos entrevistados que preferem utilizar o mecanismo de busca para encontrar smartphones, televisores e muito mais.
Um volume bem maior do que a quantidade de pessoas que utilizam os sites das empresas (47%) e marketplaces, como a Amazon (44%). Em todos os canais, os consumidores utilizam computadores e smartphones, com uma preferência para o segundo.
O crescimento deste mercado também é notável, uma vez que 81% das pessoas ou mantiveram seu ritmo de buscas, ou intensificaram. No entanto, é um avanço menor do que no último ano, com diferença de 8 pontos percentuais.
Supermercado: a rotina dos brasileiros nas buscas
Recordista em percentual de usuários exclusivos por smartphones, o setor de supermercado também tem destaque na rotina de buscas do brasileiro. Pelo menos 42% dos entrevistados estão pesquisando mais em 2023 do que no ano anterior e 44% pesquisam igual a antes.
Os canais mais utilizados por esses consumidores são o Google (59%), seguido pelos sites das próprias empresas (42%) — ambos com uma leve tendência de queda — e marketplaces, com destaque para a Amazon (21%).
Beleza (produtos ou serviços): busca essencial em crescimento
Em um cenário bastante concorrido por marcas nacionais e internacionais, o volume de pessoas que buscam online por produtos e serviços de beleza só aumenta. Ao todo, 84% dos entrevistados não abrem mão de pesquisar sobre o tema em suas rotinas. E 41%, de todo esse volume, estão pesquisando mais agora do que antes.
A maioria dessas buscas acontecem no Google, sendo o canal preferido para 72% dos usuários e interessados no tema. Seguido pelo Instagram (49%) e pelos sites das próprias empresas e marcas (46%).
Aqui, como na categoria de supermercados, também há uma grande preferência pelo uso dos smartphones. Sendo que apenas 5% dos brasileiros utilizam apenas o computador/notebook.
Entretenimento: um mercado em expansão
Filmes, séries, celebridades, programação de TV e outros assuntos fazem parte da categoria de entretenimento — que possui o maior índice de usuários que mantém uma constância no volume de busca sobre o tema em suas rotinas.
São 49% dos brasileiros que pesquisam, em 2023, igual ao ano passado. Existe também um grande volume de pessoas que passaram a buscar mais: 32% dos entrevistados. Apenas 19% estão pesquisando menos esse ano.
O Google permanece como o buscador favorito desses consumidores, com o alcance de 79% deles, com tendência de crescimento, em relação ao ano passado. Há também um destaque excepcional para o Youtube, que ocupa o segundo lugar dos canais mais utilizados, alcançado 47% dos respondentes.
O smartphone é, majoritariamente, o meio mais utilizado pelos brasileiros que se interessam pelo tema, como você confere no gráfico abaixo.
Bem-estar: aumento nas buscas por saúde
A tendência da preferência dos smartphones para as buscas se repete na categoria de bem-estar. São 94% dos respondentes que também pesquisam nesse tipo de aparelho, enquanto 64% utilizam o notebook/computador.
Os temas que pertencem à categoria são: exercícios, perda de peso, meditação, yoga e outros. Os consumidores desses serviços e produtos costumam utilizar o Google para realizarem suas buscas, de acordo com 68% dos entrevistados, seguido pelo Instagram (48%) e Youtube (47%).
Ao lado de cursos, esse setor teve o índice mais alto de pessoas que pesquisam menos em 2023 do que no ano anterior, fato que representa 21% dos entrevistados. Contudo, balanceando o volume de buscas, 41% dos brasileiros estão pesquisando mais agora do que antes.
Limpeza: destaque para os marketplaces
A maioria dos respondentes que buscaram por serviços ou produtos de limpeza em 2023 utilizaram tanto o smartphone quanto o computador (54%), sendo que 39% dessas pessoas pesquisaram apenas no aparelho mobile, enquanto 7% preferiram o desktop.
Essas buscas foram realizadas majoritariamente pelo Google, mecanismo utilizado por 70% dos brasileiros que se interessaram pelo tema. Contudo, há uma tendência de crescimento dos marketplaces, com grande destaque para a Amazon, consultada por 36% dos entrevistados.
O índice de usuários que buscam mais ou igual ao ano passado sobre limpeza é de 82%, número que se mantém na média, em comparação aos outros setores. Apenas 18% estão buscando menos agora do que antes.
Casa e Jardim: avanço nas buscas para o lar
Temas como reforma, decoração e construções fazem parte da categoria Casa e Jardim. Com grande destaque para os conteúdos de personalização e DIY (do it yourself), que estão presentes em abundância nas plataformas de busca.
Dos usuários entrevistados, 40% pesquisam mais agora do que em 2022, enquanto 41% continuam buscando igual ao ano passado. Apenas 19% afirmam terem diminuído a quantidade de busca sobre o tema.
A maioria dos brasileiros (77%) utiliza o Google em sua rotina de pesquisas sobre casa e jardim. O canal é seguido pelo Instagram (40%) e Youtube (37%).
Artesanato: a expansão das buscas nesse setor
Logo atrás do setor de turismo, o artesanato possui o maior índice de usuários que estão pesquisando mais em 2023 do que no ano anterior: são 49% dos entrevistados, enquanto 32% mantiveram o mesmo ritmo de 2022.
O canal mais utilizado para essas buscas foi o Google, como em todos os outros setores. No entanto, 51% dos usuários também utilizam o Instagram e 46% o Youtube. Estes com uma leve tendência de queda, mas com números ainda expressivos.
As pesquisas foram realizadas tanto pelo computador quanto pelo smartphone – com uma maior preferência para este. Dos respondentes, 32% utilizaram apenas o celular, enquanto apenas 6% deram exclusividade ao desktop.
Como os brasileiros utilizam o Google na prática
Seja artesanato, turismo, bem-estar, supermercado, moda ou delivery: o Google continua sendo o canal de busca dominante quando o brasileiro pensa em buscar por produtos, informações ou serviços de qualquer setor.
Mesmo entre aqueles que responderam que não costumam utilizar o buscador para pesquisar sobre nenhuma das categorias apresentadas, 88% desses entrevistados disseram que já realizaram alguma busca no Google no último ano.
Entenda a seguir como os brasileiros estão utilizando o canal, quais são as principais ferramentas e outros dados de comportamento durante o uso da ferramenta.
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Motivos para usar o Google
A grande motivação, que movimenta a maioria das buscas no Google, é o interesse por conteúdos e informações, de acordo com 80% dos usuários. Logo em seguida, para 65% dos respondentes, vem a intenção de conhecer produtos, serviços e realizar uma compra.
É interessante perceber que o passo final, de compra, não é necessariamente realizado pelo Google. No entanto, o processo de formação do consumidor e de escolha do produto acontece com o valioso auxílio do canal.
Para 54% dos usuários que responderam a State of Search Brasil 4 o primeiro passo para comprar um produto na internet é se informar sobre os detalhes dele no Google. De forma geral, 8 em cada 10 pessoas realizam esse passo, em algum momento.
Esse procedimento indica uma maior preocupação do consumidor em relação à sua satisfação com a compra. Ou seja, um público muito mais exigente do que há alguns anos e que demanda de mais informação e conteúdo — o que se torna uma boa oportunidade para as marcas, que podem se relacionar e criar vínculos com os consumidores.
Anúncios
O anúncio é uma ótima ferramenta para as marcas garantirem sua visibilidade na primeira página de resultados do Google. No entanto, não são ideais quando pensamos em gerar tráfego, por carregarem um alto índice de rejeição. No Brasil, 47% dos usuários afirmam não clicarem, em nenhum momento, nos anúncios.
Apenas 9% dos usuários clicam com frequência nos links impulsionados e 40% clicam às vezes. Ambos com tendência de queda em relação ao ano anterior.
Motivos de desistências de uma compra no Google
Quando o usuário já está decidido a realizar uma compra, após pesquisar e avaliar o produto, qual o principal motivo que o leva a desistir de comprar em um site que descobriu pelo Google? Para 79% dos brasileiros é quando o domínio parece duvidoso, ou seja, quando o consumidor não encontra motivos para confiar naquela página.
Isso pode acontecer por diversos motivos, entre eles: falta de segurança, ausência de informações importantes, instabilidade do site etc.
Não ter informações suficientes sobre o produto é a segunda motivação que leva o brasileiro a desistir de comprar de um site, de acordo com 66% dos respondentes. Logo em seguida temos frete caro (63%), não ter comentários de outros compradores (57%) e não ter informações suficientes sobre a empresa (47%).
É importante destacar que alguns fatores técnicos também fazem parte da experiência do usuário e que, se não estiverem de acordo com suas expectativas, também se tornam motivo para desistência de compra. O principal deles, eleito por 27% dos entrevistados, é a velocidade de carregamento do site: se for lento, muitas vendas são perdidas.
Outro fator interessante sobre o que leva os brasileiros à desistência é quando veem uma boa oferta em um link, mas ele não se encontra na primeira página do Google — foi o que 11% dos respondentes relataram.
Preferências
Quando perguntamos aos brasileiros o que eles preferem consumir quando pesquisam no Google, a principal resposta é um conteúdo curto e objetivo, seja textual, em forma de vídeo ou imagem.
No entanto, comparando a State of Search Brasil 2023 com a realizada no ano anterior, é possível notar um grande aumento de pessoas que passaram a gostar de textos e vídeos mais longos. Foram 12 e 16 pontos percentuais de crescimento, respectivamente.
Metade dos entrevistados também afirmou ter preferência por artigos de blog, sem distinção de tamanho — outra oportunidade indispensável para as marcas e empresas se relacionarem.
De forma geral, a grande maioria dos brasileiros preferem e confiam nos primeiros resultados da primeira página do Google. Há, inclusive, uma piada no mundo do SEO, importada dos países de língua inglesa, que diz: “Qual o melhor lugar para se esconder algo? A segunda página do Google”.
Contudo, a State of Search Brasil mais uma vez quebrou esse paradigma. No Brasil, 19% dos usuários têm o costume de visitar e consumir até a segunda página do buscador. Esse indicador pode se transformar em um grande volume de tráfego, principalmente para termos com grande volume de busca.
Ainda mais com a tendência do Google de acabar com a divisão de páginas, aplicando o conceito de scroll infinito na página de resultados. Isso significa que as distâncias da primeira posição para a 12ª serão relevantes, mas irão diminuir.
Quais as funções mais usadas do Google?
Além da página principal de resultados do Google, o buscador conta com diversas outras funcionalidades. Dentre elas, a de shopping é a mais usada com 16% das respostas, seguida por todas as ferramentas (12%) e imagens (10%).
É possível ver que o uso das funcionalidades ainda não é muito difundido entre os brasileiros, oferecendo oportunidades de crescimento e melhorias.
Outro dado curioso é que 96% de quem utiliza a aba de imagens do Google já pesquisou produtos nela — função originalmente destinada à funcionalidade shopping — reforçando a necessidade de ter muito cuidado com a otimização das imagens para páginas de produto.
Já na página principal, circundando e entre a lista de resultados orgânicos, existem as sessões complementares, que possuem uma aderência de 9 em cada 10 entrevistados. As mais utilizadas são “Pesquisas Relacionadas” (50%), “Imagens Relacionadas” e “As pessoas também perguntam” (ambas com 28%).
Leia também: Conheça todos os elementos visuais da página de resultados do Google
A revolução da inteligência artificial
A State of Search Brasil 2023 também abordou a utilização das ferramentas de inteligência artificial (IA), que estão se tornando parte do dia a dia dos usuários. Afinal, elas têm um grande impacto em como nos comunicamos e realizamos buscas.
Portanto, é essencial entender sua relação com os hábitos de busca dos brasileiros e criar estratégias de marketing digital nessa área.
A Inteligência Artificial é uma tecnologia pautada em uma ciência que permite que máquinas resolvam problemas com base em dados digitais. Ou seja, são máquinas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana.
Como a inteligência artificial está moldando nossas experiências de busca?
Alguns exemplos de IA no nosso cotidiano são as assistentes como a Siri, Alexa e o Google Assistant, que reconhecem comandos de voz e executam rapidamente as tarefas. Há também as recomendações em plataformas de streaming de filmes e músicas, como o Spotify e a Netflix, que analisam o comportamento do usuário.
Além disso, os aplicativos de atendimento do usuário que utilizam chatbots, como o ChatGPT, usados para responder perguntas simples, foram objeto de estudo em nossa pesquisa.
Na entrevista online, foi comprovado que a ferramenta chegou para ficar, uma vez que 7 a cada 10 pessoas dizem entender ou entender muito o que é a inteligência artificial. Reforçando, assim, a importância e a aceitação da IA no cenário atual.
Outro destaque é a percepção de como a inteligência artificial auxilia na solução de problemas com base nos dados, tendo sido reforçada por alguns entrevistados a tendência do comportamento humano na busca de soluções promovidas pela máquina.
Sobre o futuro, dentre os entrevistados com conhecimento sobre inteligência artificial, 73% concordam ou concordam muito que o sistema de pesquisa não será como antes com a chegada dessas ferramentas.
Além disso, 60% dos que responderam à pesquisa afirmam já ter utilizado alguma ferramenta de busca com IA, motivados por aprender algo novo (47%), traduzir textos (41%) ou criar documentos (37%).
Uma observação importante é que a maioria das pessoas acessa tais ferramentas principalmente via smartphone (75%) e está muito satisfeita com os resultados obtidos (78%).
Em relação à confiabilidade, 81% respondeu que confiaria nos resultados gerados pela IA, o que demonstra ser uma ferramenta em ascensão com grande aceitação dos usuários brasileiros.
Portanto, os resultados da pesquisa comprovaram um crescimento constante dessas tecnologias, bem como a confiabilidade e versatilidade das ferramentas de inteligência artificial (IA) no Brasil.
Diante de todos os aspectos sobre os comportamentos de buscas, revelados pela State of Search Brasil 2023, podemos afirmar que os brasileiros estreitaram a afinidade com as plataformas digitais, principalmente com o Google — que continua a dominar o cenário.
A cada ano que a pesquisa é realizada, mais os dados comprovam o aumento do índice de usuários que passam por algum canal de pesquisa online antes de realizarem qualquer compra, independentemente da categoria do produto ou serviço, que são as mais variadas possíveis.
Essa jornada, caracterizada pela necessidade do consumidor obter informações cada vez mais precisas, confiáveis e detalhadas, deve ser encarada pelas marcas e empresas como uma oportunidade de visibilidade, de construção de relacionamento com seu público e, principalmente, como uma oportunidade de negócio.
Portanto, se faz necessário que os buscadores e as estratégias de SEO se tornem cada vez mais presentes, como parte indissociável do mix de marketing de negócios online. Só assim é possível garantir que uma empresa seja relevante na internet e uma boa opção de compra para milhões de brasileiros no mundo digital.
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Sobre os Autores...
Adonai Elias
Adonai Elias é especialista em Marketing de Conteúdo e SEO, na Hedgehog Digital Brasil. Blogueiro desde a adolescência, foi mordido pelo bichinho do SEO no seu primeiro estágio e nunca mais parou.
Luiza Leão
Luiza Leão é do time de Marketing de Conteúdo e SEO da Hedgehog Digital Brasil. Apaixonada pelas plataformas digitas, encontrou no SEO uma forma de aprimorar habilidades e contribuir para esse universo