A Experiência Generativa de Pesquisa (SGE) do Google é uma nova forma de apresentar resultados de pesquisa que utiliza a inteligência artificial para gerar respostas mais completas e informativas. Para o seu conteúdo ser bem classificado nos resultados da SGE, é importante que você siga as dicas a seguir!
Recentemente, o Google apresentou uma série de mudanças na forma como as informações de busca serão exibidos nas páginas dos resultados de pesquisa. Além da parte visual, veremos — ou melhor, já estamos vendo — mudanças na forma como a qual o mecanismo de busca faz a classificação dos melhores resultados para os usuários.
Assim, é fundamental que você prepare os conteúdos do seu site para garantir que o domínio está respondendo de maneira eficiente essa nova forma de classificação que está sendo chamada de Generative AI Search.
Saiba mais a seguir!
Tipos de pesquisa
Antes de mais nada, devemos entender que existem dois conceitos fundamentais em otimização para mecanismos de busca: a pesquisa lexical, também chamada de pesquisa de correspondência exata, e a pesquisa semântica. Mas qual é a diferença entre elas?
Pesquisa Lexical ou pesquisa de correspondência exata
A pesquisa lexical considera as palavras-chave ou termos exatos que os usuários pesquisam nos mecanismos de busca. Nesse caso, os motores de busca tentam encontrar páginas da web que contenham exatamente as palavras ou frases-chave da consulta.
Suponha que um usuário esteja procurando por informações sobre “computadores Apple”.
Para otimizar o conteúdo para pesquisa lexical, você se concentraria em usar exatamente a frase “computadores Apple” em seu conteúdo, buscando uma correspondência exata. Se o usuário pesquisar “computadores Mac”, sua página pode não ser tão bem classificada, porque não corresponde exatamente à pesquisa lexical.
Pesquisa Semântica
A pesquisa semântica vai além da correspondência exata de palavras-chave, e se concentra na compreensão do significado das palavras e na intenção do usuário por trás da pesquisa. Ela considera sinônimos, variações de palavras e contextos mais amplos para fornecer resultados relevantes.
Se você estiver otimizando para pesquisa semântica com base na consulta “computadores Apple”, em vez de se ater estritamente a essa frase, você pode considerar sinônimos como “Mac”, “máquinas da Apple” ou “laptops Apple”.
Além disso, você pode criar conteúdo relevante sobre produtos da Apple, suas características, comparações com outros computadores, notícias da Apple e muito mais para atender às diversas necessidades dos usuários interessados nesta marca.
A pesquisa semântica também considera a intenção do usuário. Por exemplo, se alguém busca “onde comprar computadores Apple”, a pesquisa semântica compreende que o usuário procura locais de compra e pode otimizar o conteúdo para incluir informações sobre lojas que vendem computadores da Apple.
Considerando a diferença entre os dois conceitos, é fácil de concluir que a pesquisa semântica é capaz de entregar resultados melhores e compreender de maneira mais assertiva as intenções do usuário ao realizar determinada pesquisa no Google.
Correspondência Neural
O algoritmo de classificação do Google evoluiu para correspondência neural a partir da correspondência de palavras-chave.
Agora, ele é capaz de reconhecer e conectar informações relacionadas entre entidades em sites inteiros, enfatizando a importância das suas inter-relações. Ou seja, mesmo que uma página não tenha termos de pesquisa específicos, o conceito pode ser conectado a entidades relacionadas e seus atributos.
Em linhas gerais, podemos dizer que os criadores de conteúdo e especialistas em SEO devem priorizar a elaboração abrangente e holística do conteúdo e a conexão entre entidades em vez de focar unicamente em palavras-chave.
O que é entidade?
Em SEO, uma “entidade” refere-se a um conceito ou objeto que é identificável e pode ser associado a informações específicas. Essas entidades podem incluir pessoas, lugares, coisas, eventos e muito mais.
O conceito de entidades está diretamente relacionado ao entendimento semântico do conteúdo da sua página e à forma como os mecanismos de busca entendem e relacionam informações.
A importância das entidades para conquistar autoridade em SEO é que elas ajudam a criar uma representação mais precisa e completa do conteúdo em uma página da web. Mas como podemos informar aos robôs de indexação quais são as entidades do nosso site? A resposta é através dos dados estruturados.
Dados estruturados: sua maior arma na conquista de autoridade e popularidade
Dados estruturados referem-se a um tipo de marcação de dados, adicionado ao conteúdo de uma página da web, para fornecer informações mais precisas e contextuais aos motores de busca.
Essa marcação é feita usando uma linguagem específica, como o JSON-LD (JavaScript Object Notation for Linked Data), Microdata ou RDFa, sendo o JSON-LD a mais recomendada e consequentemente a mais utilizada.
Os dados estruturados ajudam os motores de busca a entender melhor o conteúdo de uma página e a apresentar informações mais relevantes nos resultados da pesquisa. Essa marcação permite que os motores de busca identifiquem e interpretem elementos específicos, como nome, endereço, avaliações, preços, datas, entre outros, de maneira mais precisa.
Por meio dos dados estruturados, é possível que os motores de busca conheçam as entidades do seu site e compreendam com mais clareza como elas se relacionam.
O conjunto de correlações entre essas entidades é o que chamamos de “knowledge graph”; criando essas conexões entre as entidades utilizando a marcação schema, estamos ampliando o knowledge graph do nosso site e auxiliando as pesquisas de IA a compreender e contextualizar nosso conteúdo.
Como incorporar os dados estruturados e preparar o seu conteúdo para a SGE?
Aqui, utilizaremos um exemplo prático: suponhamos que precisamos incorporar nossos dados estruturados e aprimorar o nosso knowledge graph para um site voltado para a saúde, para a página do médico.
Nesse caso, podemos utilizar o schema de “phsycian”:
@type: Physician
URL
name
telephone
description
openingHours
Utilize a Marcação de Esquema para descrever a entidade e sua relação com outros elementos na página e em seu site, proporcionando um contexto mais amplo.
Ainda no exemplo de uma página médica, podemos agregar outras entidades do nosso site dentro das nossas marcações de dados estruturados e relacioná-las a nossa entidade principal, como informar o local em que o médico trabalha, com demais informações da clínica/hospital:
@type: Physician
URL
name
telephone
description
openingHours
parentOrganization
@type: MedicalOrganization
name: Mais Saúde
url: www.maissaude.com.br
description: Mais Saúde é uma clínica médica…
sameAs: www.twitter.com/mais-saude
sameAs: www.instagram.com/mais-saude
areaServed: https://www.wikidata.org/wiki/Q8678
medicalSpecialty
availableServicePodemos aprofundar ainda mais o relacionamento entre as entidades implementando o schema de aggregateRating:
@type: Physician
URL
name
telephone
description
openingHours
parentOrganization
medicalSpecialty
availableService
aggregateRating
@type: AggregateRating
bestRating: 5
ratingValue: 4.5
reviewCount: 178
worstRating: 1 Podemos ainda conectar entidades conhecidas em sua página com o Wikidata ou o Google Knowledge Graph:
@type: Physician
URL
name
telephone
description
openingHours
parentOrganization
medicalSpecialty
@type: MedicalSpecialty
name: oftalmologista
url: www.maissaude.com.br/especialidade/oftalmologia
sameAs: https://www.wikidata.org/wiki/Q161437
availableService
A implementação abrangente da marcação de dados estruturados em todo o site é fundamental para descrever a entidade e suas relações com outras informações, seja na página, no site ou em bases de conhecimento externas.
Esta abordagem estruturada não apenas melhora a compreensão dos motores de busca, mas também enriquece a experiência do usuário ao fornecer informações contextualizadas de maneira abrangente.
Ao incorporar uma estratégia de conteúdo que aborde temas específicos de maneira detalhada, e ao aplicar consistentemente a marcação de dados estruturados, os sites podem potencializar a visibilidade nos motores de busca. Isso aprimorará a relevância do conteúdo e oferecer aos usuários uma experiência mais completa e informativa, preparando os domínios para o Google SGE.
A inteligência artificial vem ganhando seu espaço no dia a dia de trabalho dos profissionais de marketing e dos usuários online. Prepare-se para essa nova forma de consumir informações e fique por dentro dos principais highlights de IA com os dados trazidos na State of Search Brasil 4ª edição!
