Em sua 4ª edição, o evento mineiro ID 360, mostrou como a década de 2020 tem se moldado como a era de dados e pavimentou o caminho de aplicação da inteligência artificial
Não tem como fugir: o ano de 2023 está todo pautado no uso da inteligência artificial.
Cada vez mais presente no nosso dia de trabalho, a inteligência artificial e suas ferramentas, tem dado o tom das conversas. Seja para os profissionais de marketing, seja para os profissionais da TI: todos conseguem encontrar maneiras de aumentar a produtividade e automatizar tarefas.
E a prova disso foi a programação do evento ID 360, que aconteceu em Belo Horizonte, nos dias 21 e 22 de setembro. Nossa equipe da Hedgehog Digital esteve presente, mais uma vez, para aprofundar os conhecimentos na área e trazer um resumo completo do que rolou por lá.
Dessa vez, nossas participantes foram Laura Bernardes, Coordenadora de Marketing de Conteúdo, Ana Anjos, Especialista em Conteúdo e Renata Baccarini, Estrategista de SEO. A seguir, você encontra os principais insights de cada uma de nós e possíveis aplicações para nossas áreas.
Como boas mineiras, convidamos você a pegar um cafézinho e vir com a gente!
O ID 360 chegou à sua quarta edição trazendo o tema: “Chega de achismos”, que foi muito bem abordado durante as plenárias.
A era dos dados já começou, e as decisões de profissionais de marketing devem ser pautadas em fatos, não em opiniões próprias. Apesar da ideia parecer óbvia, sua prática não é tão simples assim. Em várias conversas, os palestrantes pediam que profissionais que encontram dificuldades em coletar e tratar dados levantassem as mãos, e grande parte do público presente mostrou encontrar essa dificuldade.
A coleta de dados, hoje, é facilitada pela grande variedade de ferramentas disponíveis. Estamos vivendo agora um momento de democracia analítica, em que não há intermediários entre nós e os dados. Eles estão ao nosso alcance, com um clique de distância.
No entanto, o que deve ser feito com cada um desses números? O que eles, de fato representam? Como não se perder em tantas KPIs e como não se deixar enganar por uma métrica de vaidade?
É aí que vem a inteligência artificial. São diversas as ferramentas e os comandos possíveis, para garantir que os dados serão filtrados e tratados corretamente, dando evidência apenas para o que é relevante.
Isso significa diminuir o tempo da equipe com tarefas repetitivas, manuais e muitas vezes chatas, e deixar que cada analista tenha tempo para traçar caminhos que levarão ao crescimento sustentável.
E, para além das fronteiras internas de uma empresa, significa também entregar cada vez mais uma experiência personalizada aos consumidores. Seja por entender o momento exato da jornada que estão, o canal que preferem ser atendidos ou o assunto que preferem consumir.
A co-criação, junto da inteligência artificial, gera uma inteligência aumentada, capaz de responder dúvidas ainda mais complexas. O pensamento analítico será a habilidade mais essencial para os próximos anos, e a capacidade profissional de pautar o trabalho em um modelo IA driven será essencial.
Leia também: O que diz a política do Google sobre conteúdos gerados por IA?
O ID360 é um evento com foco em três pilares: dados, tecnologia e marketing. Baseado nestes tópicos, conseguimos ter uma ideia de como o mercado se comportará no futuro. Porém, os especialistas deixaram claro que essas previsões, apesar de muito bem embasadas, não conseguem enxergar um caminho a longo prazo.
Isso pode ser explicado pelo rápido avanço tecnológico, como as IAs, e o alto consumo de informação do público, tornando o trabalho de mensuração mais complexo e menos assertivo.
Estamos passando por uma transformação e entrando para a era da IAficação. Esse processo tem como principal característica o uso de inteligências artificiais para automatizar e otimizar processos.
Muitos profissionais estão com medo de serem substituídos por uma IA, mas o que ouvimos nas plenárias foi: não seremos substituídos por IAs, mas sim por profissionais que sabem usar essas ferramentas para melhorar seus processos e facilitar sua rotina, ganhando tempo para se dedicar a outras tarefas.
Então, não tenha medo de explorar esses novos recursos e invista em descobrir como diminuir seu tempo em tarefas que possam ser automatizadas. Todo mundo está tentando entender os impactos da IA no mercado e nosso papel é descobrir como essa aplicação irá facilitar o nosso trabalho.
Para além da IA, outro ponto interessante que precisamos destacar é a cultura de dados. O que antes fazia parte de um setor específico, agora se estende para todo mundo. O marketing adiantou o uso de dados e todos os profissionais precisam analisar os dados que geram.
Não existe mais o “eu acho que assim será melhor”, “acho que dessa forma teremos mais resultados”, o que temos são múltiplas ferramentas que geram dados em tempo real, indicando qual escolha devemos fazer.
É claro que os testes precisam acontecer, mas a base de um teste é o seu resultado, definido pelos dados gerados. O desafio das empresas será entender como extrair e entender tantos dados e do profissional, aprender a usar esses dados para melhorar suas decisões.
O mundo está mudando e o mercado também. Não fique com receio de se adaptar às novas tecnologias, elas estão aí para te ajudar e não te substituir.
O uso de dados não é algo novo ou inerente ao século XXI. Vimos diversos casos em que a análise de dados foi utilizada para curar doenças, vencer batalhas e muito mais. Mas no mundo corporativo, a prática de analisar dados para guiar decisões ainda não é tão implementada — e sua relevância é, sim, algo em foco nos últimos anos.
Vimos, mais de uma vez, a importância de uma mudança em toda a cultura empresarial para permitir que informações guiem tomadas de decisões. Aliás, dados compõem o que foi denominado de tríade do marketing, por Rodrigo Nascimento: tecnologia, dados (e mentalidade analítica), e visão de negócio. Três habilidades essenciais para profissionais da área.
Mesmo que alguns colaboradores sejam capazes de analisar dados de forma prática e inteligente, há muitos processos envolvidos a partir dessa análise. Ela deve levar a uma tomada de decisões e, ainda, à fase de relatório das conclusões. Nesse contexto, resultados reais sem uma mudança nos processos da empresa são mais difíceis.
Colaboradores e líderes precisam estar alinhados quanto a uma mentalidade mais analítica e voltada a dados. No campo da implementação, a cultura deve ser de experimentação: informação, sem testes, com base apenas em correlações predeterminadas por alguém, pode ser enviesada. Mas a implementação de testes nem sempre é algo fácil, principalmente para quem atua no setor de comunicação ou em uma agência de SEO: envolve a aprovação de lideranças e, além disso, dos clientes.
Analisar multitudes de dados era algo difícil no passado, principalmente quando falamos de dados não estruturados. Hoje temos ferramentas tecnológicas, diferentes modelos de inteligência artificial, que podem facilitar o processo. A nós, fica a tarefa de entender como utilizar os dados para tomar decisões inteligentes e saber utilizar as ferramentas e IA para melhor processar as informações existentes.
E por falar em IA: a inteligência artificial não precisa — e não deve — ser vista como algo que veio substituir o trabalho humano. Na verdade, é uma grande aliada em agilizar processos, analisar informações e até mesmo para suprir gaps e dificuldades pessoais. Temos soluções com inteligência generativa e conversacional: sequer precisamos saber programar, o importante é entender como se comunicar com a IA para extrair os melhores resultados.
De maneiras diferentes, os palestrantes e até mesmo participantes indicaram que estamos caminhando em direção a um futuro híbrido, mesclando habilidades e capacidades inerentemente humanas a inteligência artificial e machine learning.
Trazendo para nosso universo de SEO — que, sabemos, não existe sem dados —, tivemos a palestra sobre a pesquisa State of Search 2023 da Semrush, por Erich Casagrande. Vimos como os dados nos ajudam a acompanhar a volatilidade do comportamento humano, que é refletido em sua interação com os buscadores, com o mercado, e até mesmo na frequência de Google Updates. E como uma cultura de dados pode ajudar a obter visões multidisciplinares em relação a determinadas informações.
As informações sobre o comportamento do usuário na SERP nos possibilita desenhar diferentes estratégias de otimização para cada cliente para alcançar melhores resultados. Estudar dados sobre o comportamento de compra permite criar hipóteses sobre formas de facilitar a venda de produtos por um e-commerce. Os testes, por fim, permitem concluir se a hipótese era válida ou não. Até mesmo dados de entrega do Google ajudam a identificar o melhor formato de conteúdo ou página para determinada intenção de busca.
Já sabemos que não existe SEO sem dados, mas é importante olhar para bem mais do que apenas volume de buscas e número de sessões em uma página. Além disso, o uso dos dados pode ajudar sob uma perspectiva bem mais ampla: seja orientando a visão de negócio, seja ajudando a criar novas experiências para o usuário. Com as novas tecnologias, o avanço no uso da informação de forma inteligente é inegável.
Fechamos a participação em mais um evento, com o objetivo de trazer as principais tendências da área de marketing e tecnologia — não só para nossa equipe de Hedgehogers, mas para quem segue nessa jornada de aprendizado conosco
Os impactos e usos da inteligência artificial no ecossistema do digital já é um assunto que temos trabalhado com frequência nas nossas conversas. Se você quer aprender mais sobre o assunto, confira como o ChatGPT pode ser usado em estratégias de SEO.
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