Tag Canonical: entenda como ela protege seu ranqueamento no Google contra duplicidade

Imagem gráfica de capa do conteúdo: Tag Canonical: entenda como ela protege seu ranqueamento no Google contra duplicidade

A tag canonical tem como função indicar ao Google qual versão deve ser tratada como principal entre páginas duplicadas. Com isso, evita a dispersão de sinais, previne a canibalização de palavras-chave e melhora a eficiência de rastreamento, concentrando backlinks e autoridade em uma única URL e fortalecendo os sinais enviados ao buscador.

Imagine esse cenário: publicamos um artigo impecável, ajustamos cada heading e, claro, adicionamos a tag canonical como manda o manual. 

Dias depois, digitamos a palavra-chave no Google e… nada. O buscador decide ranquear outra URL – ou, pior, nos deixa fora do índice como se o conteúdo nunca tivesse existido.

Se isso soa familiar, bem-vindo ao multiverso de URLs, um cenário onde versões paralelas da mesma página disputam a mesma energia de ranqueamento. 

É como se cada variante abrisse um portal próprio, desperdiçando eficácia de rastreamento, diluindo engajamento e confundindo o algoritmo sobre qual delas merece o topo da busca. 

O resultado? Nenhuma versão ganha força suficiente para chegar ao palco principal da SERP (página de resultados do mecanismo de busca).

Neste guia, vamos explicar o que é a tag canonical, fechar esses portais, reunir todos os sinais em uma única realidade canonical e mostrar ao Google qual URL deve liderar a missão – sem loop infinito, redirecionamentos fantasma ou canônicos cruzados. 

O que é a tag canonical?

Tecnicamente, trata-se de um elemento <link> inserido no <head> da página que aponta para a versão principal do conteúdo. Ou seja, aquela que deve concentrar os sinais de ranqueamento.

<link rel=”canonical” href=”https://exemplo.com/url-oficial/” />

Quando o bot encontra essa indicação, ele entende que apenas a versão canônica deve ser exibida.

Em outras palavras, a canonical é a URL preferida dentre um conjunto de páginas consideradas duplicadas.

Em um e-commerce, por exemplo, pode haver uma série de páginas iguais do mesmo produto pelo uso de parâmetros. 

Mas essas infinitas duplicatas não devem ser exibidas nas SERPs porque 

  1. afeta a eficácia de rastreamento do Google,
  2. haveria canibalização entre elas.

Nesse sentido, a tag canonical é fundamental para indicar qual versão deve ser indexada, evitando, assim, essas questões.

Imagem gráfica explicando como funcionam as URLs canonicals na prática.

Canonical não é redirecionamento

É muito importante entender esse ponto:

  • 301/308: teletransporta o usuário e o bot para outra URL (é um sinal forte, mas pode prejudicar o UX se for usado demais).
  • Tag canonical: sinaliza qual URL deve ranquear, mas o usuário continua onde está (é um sinal um pouco mais fraco, ideal para variações legítimas de conteúdo).

Por que tag canonical é importante no SEO?

Imagine o Google como um bibliotecário que precisa organizar trilhões de páginas em intervalos muito curtos. Nosso trabalho como SEO é facilitar a vida do Google, no sentido de fazer com que ele nos ache mais facilmente. 

Sendo assim, a ideia é adotarmos boas práticas que não farão com que o Google “perca tempo” no nosso site com o que é irrelevante, certo?

E é aqui que a canonical tag entra: ela nos auxilia nos seguintes pontos: 

  • Previne conteúdo duplicado: parâmetros de campanha, filtros de cor/tamanho, versões HTTP vs. HTTPS.
  • Consolida autoridade: todos os backlinks apontam para a mesma URL.
  • Melhora a eficácia de rastreamento: o Googlebot navega menos em becos sem saída.
  • Evita canibalização: só uma página concorre pelos principais termos da marca.
Imagem gráfica explicando como as URLs canônicas evitam duplicatas de conteúdos, melhoram a eficácia de rastreamento e evitam canibalização.

Em uma loja virtual, por exemplo:

  • URL real: https://exemplo.com/produto/camisa-verde
  • Canonical errada: https://exemplo.com/produto/camisa-azul

Resultado? O Google pode considerar a página da camisa verde como duplicata da página da camisa azul e… adeus posições.

Confira um exemplo correto:

  • URL acessada: https://exemplo.com/produto/?utm_source=instagram
  • Canonical correta: https://exemplo.com/produto/

Assim você garante que os parâmetros de tracking não criem duplicatas indesejadas.

Imagem contendo um exemplo de tag canonical mal configurada.

Continue lendo: Atualização das Diretrizes de Canonização do Google: entenda as mudanças 

Como o Google escolhe sua versão canonical?

Você pode definir explicitamente que https://exemplo.com/produto-oficial é a URL canonical. Ainda assim, o Google verifica uma série de sinais para confirmar essa indicação. Em geral, a prioridade desses sinais segue esta ordem:

Nível de confiançaSinal avaliadoComo o Google interpreta
1Redirecionamento 301A URL de destino vira a referência única e todos os sinais (autoridade, relevância, histórico) são consolidados nela.
2Tag rel=”canonical” em HTMLSinal muito forte, desde que não conflite com um 301, expressa a preferência editorial do site.
3Header HTTP rel=”canonical”Mesma força da tag HTML; ideal para PDFs e outros arquivos não-HTML. Ainda assim, “perde” para redirecionamentos.
4Sitemap XMLO <loc> listado como canônico é um bom indício, mas não é prova final, pode ser ignorado se outros sinais discordarem.
5hreflangO Google tenta casar idioma/região e versão canonical, se houver incoerência, ele escolhe a URL que mantém a matriz coerente.
6Links internosA versão que recebe mais links internos indica ao Google a página que o site prioriza e, por isso, tem peso adicional.
7Links externos + históricoSe a maioria dos backlinks (e engajamento passado) aponta para uma versão antiga, o Google hesita em trocá-la por uma nova.

Resumo prático: 301 > rel=canonical > sitemap / hreflang > linkagem.

E não se esqueça: seu sinal pesa, mas não é decisivo.

Quando o Google seleciona uma URL canonical diferente da que foi declarada, pode ser devido a algumas destas situações:

  1. Canonical conflita com 301: se a página A declara <link rel=”canonical” href=”A”>, mas redireciona para B, o Google considera B como canonical pela coerência do redirecionamento.
  2. Canonical aponta para URL não indexável: 
    • noindex
    • Bloqueada no robots.txt
    • 404/410 (nenhum algoritmo irá canonizar uma página que ele mesmo não pode indexar).
  3. Loop ou cadeia de canonicals infinita: A > canonical B > canonical C > … volta para A. Resultado: o Google interrompe o ciclo e decide sozinho qual URL vai considerar.
  4. Diferenças mínimas entre as versões de páginas: se há pouca variação entre as páginas, o buscador pode consolidar tudo na que carrega mais rápido ou recebe mais links, mesmo que outra esteja marcada como canonical.
  5. E-commerce com parâmetros + canonical duplicada: URLs do tipo ?cor=azul declaradas como canonicals criam sinais confusos. Assim, o buscador tende a preferir a versão limpa e sem parâmetros.
  6. hreflang atravessado: se /en/product define canonical /pt/product, mas esta URL possui outra canonical ou estácomo noindex, o algoritmo ignora o comando e reorganiza as versões de idioma por conta própria.

Checklist de conformidade da tag canonical

  • Canonical e 301 devem apontar para a mesma URL.
  • Não direcione a canonical para uma página com noindex.
  • Evite canonicals cruzadas entre domínios diferentes sem redirecionamento 301.
  • Inclua a canonical na primeira renderização (não injete via JavaScript).
  • Seja consistente em https vs. http, final / e uso de www.

Seguindo essas regras, você aumenta significativamente a chance de o Google respeitar a URL definida e evita que o algoritmo escolha outra versão.

Como verificar qual URL o Google considera canonical?

Antes de sair ajustando qualquer tag canonical, você precisa garantir que está na mesma página que o Google. Afinal, não adianta declarar uma canonical que o buscador já decidiu ignorar. 

A boa notícia: descobrir qual URL o Google definiu como canonical é rápido e simples, e pode ser feito com as ferramentas de SEO que costumamos usar no dia a dia.

Usando o Google Search Console (Inspeção de URL)

Essa é a maneira mais fácil e direta. Acesse o Google Search Console e cole a URL que deseja conferir. Em seguida, clique em Inspeção de URL.

Role até a seção Page indexing e confira:

  • “User-declared canonical” (a versão que você declarou);
  • “Google-selected canonical” (a versão que o Google efetivamente considera).

Se ambas forem diferentes, bingo: sua tag canonical está sendo ignorada pelo buscador. Hora de revisar com atenção.

Imagem mostrando como verificar a tag canonical pelo Google Search Console.

View Source direto do navegador

Outra alternativa prática é verificar diretamente o HTML entregue ao Googlebot.

  1. Abra a página em modo anônimo (assim você evita ver versões cacheadas ou personalizadas).
  2. Pressione Ctrl + U (Windows) ou Cmd + Option + U (Mac) para abrir o código-fonte.
  3. Com a página aberta, dê um Ctrl + F e busque por rel=”canonical”.
  4. Confira se a URL declarada bate exatamente com a que você deseja indexar — com protocolo (http/https), presença ou não de www, e a barra final (/) no final da URL.

Qualquer discrepância aqui pode causar problemas de indexação ou de interpretação da página pelo Google.

Imagem mostrando como verificar a tag canonical pelo View Source do navegador.

Linha de comando com curl -I (headers HTTP)

Em alguns casos raros, a canonical não está declarada no HTML, mas no header HTTP (muito comum com PDFs e outros arquivos não-HTML). Para isso, o terminal deve ser seu melhor amigo.

Execute no terminal o comando:

curl -I https://exemplo.com/minha-pagina

No retorno do comando, procure pela linha que começa com:

Link: <https://…>; rel=”canonical”

Confira novamente se a URL declarada está exatamente como você deseja.

Screaming Frog para auditorias mais completas 

Agora, se você precisa verificar isso em escala e detectar conflitos com precisão, o Screaming Frog é a ferramenta ideal. Siga o roteiro abaixo:

  1. Abra o Screaming Frog e selecione o modo Spider.
  2. Insira o domínio que deseja analisar e clique em Start.
  3. Após a conclusão, navegue até a aba Canonicals para visualizar rapidamente:
    • Canonical Link Element (canonicals declaradas via HTML);
    • Canonical HTTP Header (canonicals declaradas no header HTTP);
    • Rel Canonical Status (verifique o código de resposta HTTP dessas páginas, como 2xx ou 3xx).
  4. Filtre por Canonicalised para listar páginas cujo canonical aponta para outra URL (potencial problema de duplicação ou conflito).
  5. Exporte essa lista e priorize as correções nas páginas mais relevantes ou que trazem mais tráfego. Para fazer isso com maior precisão, cruze essas informações com a aba do Analytics integrada no próprio Screaming Frog.

Em poucos minutos, você tem um diagnóstico preciso sobre a saúde das suas canonicals. Corrija eventuais problemas o quanto antes. Tags canonicals mal configuradas podem comprometer o desempenho nos resultados de busca.

Imagem mostrando como verificar a tag canonical pelo Screaming Frog.

Quando e como usar a tag canonical?

Diretriz prática: Toda página deve conter uma tag canonical autorreferencial, apontando para si mesma, como sinal claro de preferência. Quando duas (ou mais) URLs exibirem exatamente o mesmo conteúdo, especifique qual é a versão principal na canonical.

Importante: o Google não recomenda mais usar tags canonical em conteúdo sindicado. Nesses casos, os sites parceiros devem impedir a indexação aplicando as meta tags adequadas, como noindex.

1. Variações de produto no e-commerce

Filtros de cor, tamanho ou voltagem podem gerar URLs diferentes, mas com o mesmo conteúdo. Ao exibir https//:www.site.com/produto/camisa/vermelha?tam=m, o Google enxerga duas páginas idênticas: uma limpa (/camisa/) e outra com parâmetros.

Como evitar: insira em cada variação (/camisa/vermelha?tam=m) a tag canonical autorreferencial na URL principal:

<link rel=”canonical” href=”https//:www.site.com/produto/camisa/”>

Mantenha os dados estruturados de produtos completo no URL “mãe” para centralizar comentários, avaliações e demais atributos — evitando que o buscador considere as variações como conteúdo duplicado.

2. Parâmetros de campanha e filtros

Parâmetros como utm_source=email ou ?sort=price-desc não alteram a essência da página, servem apenas para monitoramento ou ordenação.

Sempre que um parâmetro for adicionado, aponte a canonical para a versão “limpa” da URL. Por exemplo, em https//:www.site.com/curso-seo?utm_source=facebook use:

<link rel=”canonical” href=”https//:www.site.com/curso-seo”>

Caso o filtro mude apenas detalhes de exibição (por exemplo, exibir apenas uma categoria específica), combine noindex no cabeçalho HTTP com a tag canonical, para que o Google concentre seu rastreamento na página principal.

3. Migrações (HTTP/HTTPS ou WWW/domínio raiz)

Durante a transição para HTTPS ou para unificar WWW vs. não-WWW, podem surgir temporariamente URLs duplicadas: http://site.com e https://site.com, ou www.exemplo.com e exemplo.com.

Mantenha o redirecionamento 301 ativo e, na página destino, adicione a canonical autorreferencial. Por exemplo:

# .htaccess ou configuração do servidor

Redirect 301 /guia-seo http://site.com/guia-seo/

<!– no <head> da página destino –>

<link rel=”canonical” href=”https://site.com/guia-seo/”>

Dessa forma, o Google entende imediatamente qual é a versão oficial, otimiza o processo de rastreamento e evita confusões durante a indexação.

4. PDF x versão HTML

Quando um mesmo conteúdo existe em HTML e em PDF, é importante priorizar a versão em HTML para indexação — ela costuma oferecer melhor experiência ao usuário e desempenho nos resultados de busca.

Configuração recomendada:

No arquivo PDF (/ebook-seo.pdf), adicione no cabeçalho HTTP ou via meta tag a URL HTML canônica:

HTTP/1.1 200 OK

Content-Type: application/pdf

Link: <https://site.com/ebook-seo/>; rel=”canonical”

Na página HTML (/ebook-seo/), inclua um link “Baixar PDF” para download.

Se desejar que o PDF não seja indexado, aplique a diretiva noindex no cabeçalho HTTP do arquivo.

Assim, o Google identifica claramente que a página HTML é a versão principal, enquanto o PDF fica disponível apenas como recurso de apoio.

5. Paginações longas (?page=2, /page/3/…)

Em categorias extensas ou blogs com muitos posts, as páginas subsequentes (?page=2, /page/3/ etc.) exibem itens semelhantes à página inicial, o que pode gerar agrupamento de conteúdo duplicado.

Por isso, defina a canonical de cada página paginada apontando para a primeira página da lista. Por exemplo, em /blog/page/3/ inclua:

<link rel=”canonical” href=”/blog/”>

Mantenha também as tags rel=”prev” e rel=”next” para sinalizar que essas páginas fazem parte de uma sequência. 

Obs: não aplique a canonical se cada página apresentar conteúdo exclusivo, como em um fórum de discussão cujas páginas trazem posts distintos.

Ponto importante: use sempre URLs absolutos!

Para evitar ambiguidades e garantir que os mecanismos de busca interpretem corretamente a versão oficial da sua página, sempre utilize a URL completa, incluindo protocolo e domínio na tag canonical.

Exemplo: <link rel=”canonical” href=”https://exemplo.com.br/blog/” />

Exemplo incorreto:  <link rel=”canonical” href=”/blog/” />

Auditoria de canonical para proteger seu site da duplicidade de páginas

Em cerca de 30 minutos, você identifica canonicals inválidas, URLs duplicadas e loops que diluem autoridade. Tudo com ferramentas acessíveis — sem depender de soluções complexas.

1. Varredura completa do site

  • Ferramenta: Screaming Frog
  • Modo: Spider; inicie o rastreamento no domínio.
  • Configuração: em Configuration > Spider, marque Extract canonical.
  • Ao concluir o rastreamento: acesse Reports > Canonicals > Non-200 Response e exporte o CSV.

Foque em:

  • Canonicals apontando para respostas 3xx, 4xx ou 5xx.
  • Páginas sem canonical própria (self-canonical).
  • Mais de uma tag canonical no mesmo <head>.

2. Identificação de clusters duplicados

  • Ferramenta: OnCrawl
  • Acesse Duplicate Content > Clusters.
  • Aplique filtro em user-selected canonical.

Você verá:

  • Grupos de URLs que o Google pode consolidar por conta própria.
  • Onde convém combinar canonical + redirect para evitar dispersão de sinais.

3. Verificação algorítmica

  • Ferramenta: Ahrefs Site Audit
  • Navegue em Duplicate Content > Issues.
  • Confira o item “Duplicate without user-selected canonical”.

Identifique:

  • Páginas que o robô já considera equivalentes.
  • Aqueles URLs que possuem mais backlinks — ajuste esses casos primeiro.

4. Revisão manual pontual

  • Ferramenta: terminal ou navegador
  • Execute curl -I https://dominio.com/url
  • ou abra o código-fonte e busque rel=”canonical”.

Verifique se:

  • A canonical coincide exatamente com a URL exibida.
  • Os cabeçalhos Link: <…>; rel=”canonical” não apresentam erros.

5. Elaboração do plano de ação

  • Consolide os arquivos CSV em um Google Sheets (use o template da equipe).
  • Colunas mínimas: URL | Problema | Prioridade.
  • Classifique cada item por impacto (tráfego + autoridade).

6. Execução das correções

  • Transforme a planilha em tarefas objetivas e distribua conforme prioridade e responsabilidades.

Em aproximadamente 30 minutos de trabalho, você tem uma lista precisa de ações, recuperando sinais de ranqueamento e economizando o orçamento de rastreamento.

Recomendação: realize essa auditoria a cada grande deploy ou, no mínimo, a cada trimestre. Canonical é um detalhe técnico, mas uma configuração incorreta pode levar o Google a desperdiçar recursos de rastreamento e prejudicar seu posicionamento.

Melhores práticas para canonical

Um bom especialista antecipa oscilações de posicionamento antes que comprometam sua visibilidade. Sendo assim, é importante se atentar a algumas boas práticas de utilização da tag canonical. Confira, abaixo, algumas dicas Hedgehog.

1. Canonical não é redirect (e vice-versa)

Como vimos, canonical não é o mesmo que redirecionamento. Portanto, se certifique de que tudo esteja bem amarrado: o redirect 301 empurra todo o tráfego para uma única URL. Canonical apenas consolida sinais.

  • Quando usar redirect: quando a URL antiga perdeu valor ou precisa ser removida — aplique um 301 e pronto.
  • Quando usar canonical: se deseja ranquear “/pt/” e “/en/” separadamente, cada uma deve ter canonical própria — evite redirecionamentos. Utilize a estratégia mais adequada para cada situação.

2. Esquema, host e barra final idênticos

http://, https://, www. e aquela “/” no fim parecem detalhes, mas geram versões distintas da mesma página. Divergência = Google confuso.

Regra prática: copie a URL exatamente como aparece na barra do navegador e cole no rel=”canonical”. Simples assim:

https://www.exemplo.com/produto

3. Página-alvo deve responder 200 OK

Se a canonical apontar para uma URL que retorna 301, 404 ou 500, o Google irá ignorá-la.

Antes de subir a página, execute no terminal:

curl -I https://example.com

Se o retorno não for 200 OK, ajuste o servidor ou a configuração para garantir o acesso. Ferramentas de rotina incluem Screaming Frog e soluções de monitoramento contínuo.

4. Nada de UTM ou parâmetros na canonical

Parâmetro mede campanha, não define conteúdo. Deixar “?utm=facebook” na canonical gera variantes infinitas e dilui sinais.

  • Canonical limpa: https://exemplo.com/produto/camisa-verde
  • As parametrizações devem ser feitas usando parâmetros UTM e, caso seja necessário rastrear cliques, inclua o atributo rel=”nofollow”.

5. Canonical e hreflang

Se o hreflang não estiver alinhado com a canonical, o Google pode confundir versões de idiomas e regiões.

  • Defina uma canonical específica para cada idioma.
  • Em seguida, utilize o hreflang para conectar todas as versões entre si.

Isso garante um agrupamento organizado, evita sinalizações conflitantes e assegura que cada versão seja indexada corretamente para o público-alvo.

Regra de ouro: se a canonical parece um detalhe pequeno demais para ser importante… revise de novo. Pequenas inconsistências podem prejudicar a eficácia de rastreamento e se tornar canibalização amanhã.

O que fazer quando o Google ignora sua canonical e escolhe outra página?

Você inspeciona no Search Console aquela URL que gera mais conversões e… “Canonical selecionada pelo Google: outra página.

O algoritmo decide por conta própria que existe uma versão diferente que considera mais adequada do seu conteúdo. Antes de entrar em pânico, siga este procedimento para recuperar o controle da canonical e orientar o Google corretamente.

1. Verifique se há duplicidade de verdade

Abra as duas páginas lado a lado — HTML, título, headings, texto. Se a única diferença for cor de botão ou parâmetros UTM, o Google está certo em tratá-las como duplicatas.

Ferramentas rápidas que podem auxiliar nesse processo: diffchecker.com ou inspeção visual em duas abas.

2. Reforce a autoridade da página correta

  • Garanta que a página desejada tenha um self-canonical configurado corretamente.
  • Ajuste todos os links internos para apontarem apenas para essa URL. Se necessário, crie um redirecionamento 301 diretamente para a URL escolhida.
  • Inclua-a no sitemap.xml. Use o CMS ou um rastreamento com Screaming Frog (Bulk Export > Inlinks) para confirmar que todos os links internos seguem a versão correta.

3. Reduza a visibilidade da versão incorreta

  • Aplique noindex na página que não deve ser considerada principal.
  • Se a versão indevida aparecer em algum menu ou breadcrumb, atualize a navegação para apontar à página correta.

4. Compare a autoridade e o histórico

Verifique se a outra versão recebe mais backlinks ou tráfego; se for o caso, talvez ela deva ser a canonical oficial. Use ferramentas como Ahrefs ou Google Search Console > Links para confirmar antes de tomar essa decisão.

5. Peça reavaliação ao Google

Quando tudo estiver alinhado, volte ao Search Console, reinspecione a URL que você quer como principal e clique em Solicitar indexação. Isso ajuda a acelerar a atualização do índice.

Aqui, vale reforçarmos: se o Google escolheu outra canonical, não é bug — é sinal fraco. Reforce o que é relevante, elimine as ambiguidades e mostre claramente qual página deve ser priorizada nos resultados de busca.

A canonical serve para orientar o Google sobre qual URL priorizar. A experiência do usuário depende de bons elementos de navegação, estrutura de conteúdo e desempenho do site.

Aqui na Hedgehog, auditamos canonicals diariamente — de grandes e-commerces com milhões de SKUs a blogs corporativos que perdem tráfego por causa de duplicidade.

Quer eliminar páginas fantasmas, loops canônicos e perda de autoridade? Conte com uma agência especializada em SEO como a nossa e veja como aplicamos metodologia e dados para gerar crescimento orgânico consistente. Quem adota as práticas corretas obtém resultados mais sólidos nos mecanismos de busca.

Compartilhe esta postagem

Sobre o Autor...

Foto de Julia Bianchini

Julia Bianchini

Julia Bianchini tem formação em Psicologia e sempre foi apaixonada por pessoas e análise de dados. E foi no SEO e Marketing de Conteúdo, que conseguiu unir suas paixões, além de trazer um novo olhar, a partir de sua formação, sobre usuários e experiência do consumidor.

Assine nossa newsletter hoje!

Deixe o seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Postagens Relacionadas

Quero receber novidades

As informações que você forneceu neste formulário permitirão que Hedgehog ocasionalmente entre em contato com você por e-mail sobre quaisquer produtos e serviços relacionados, como novos relatórios, recursos e conteúdo relevante de todo o nosso blog. Você pode cancelar a assinatura dessas comunicações a qualquer momento. Para obter informações sobre como cancelar a assinatura, bem como nossas práticas de privacidade e compromisso com a proteção de sua privacidade, consulte nossa política de privacidade.