Já que nem uma Pandemia vai parar o Google, temos que analisar o que rolou na última semana no mercado do SEO. Se liga…
O Google vai manter seus funcionários em home office (exceto aqueles que realmente precisam ir ao escritório) até do fim do ano. E enquanto esse pessoal não sai de casa, eles estão trabalhando mais do que a gente
Enquanto você higienizava suas compras ou colocava suas séries em dia, o Google lançou a sua segunda atualização do ano, disponibilizou novas ferramentas, reduziu seus investimentos… E outras coisas aconteceram.
Pega a cerveja na geladeira e senta no sofá, porque a lista é longa.
SEO também faz live
As lives são o rolê da quarentena: elas substituíram shows, conversas na mesa do bar e vários outros programas que deixaram saudades.
Tem gente que ama e tem gente que odeia, mas entre os diferentes usos das transmissões ao vivo, dá pra aprender mais sobre… SEO.
Quem está fazendo um bom trabalho nesse sentido é o pessoal da Search Engine Land, que semanalmente convida agências digitais, ferramentas, empresas de mídia e alguns outros para discutir como fica o SEO nessa pandemia.
Tem discussões sobre e-commerce, mercado B2B, Google My Business…
Na semana passada, Barry Schwartz, editor da Search Engine Land, conversou com ninguém menos que Martin Splitt, responsável pelo relacionamento com desenvolvedores do Google Search.
Martin explicou sobre o rastreio e indexação de sites feitos pelo Google, numa conversa must see para quem está tendo problemas para indexar sites baseados em HTML ou JavaScript.
E não, ele não entregou nada sobre raqueamento.
Opinião do Bazon:
“Super recomendo a live com o Pedro Dias e a da Lily Ray, duas das minhas referências em SEO.
Não darei spoilers, só assistam.
Aliás assistam todas, conteúdo do mais alto nível para SEOs e marqueteiros em geral”.
Google Core Update May 2020: o que os especialistas estão falando
O segundo update do Google lançado em 4 de maio mas chegou e já está trazendo impacto.
O SEO Roundtable já disse que o ranqueamento do site começou a cair para algumas buscas.
O próprio Barry Schwartz mostrou um dos recentes charts do Google Analytics. Houve uma queda de 30% do tráfego orgânico no site.
Mas é claro que a atualização não é totalmente ruim. Vamos ver os principais pontos dos especialistas:
- A RankRanger diz que essa atualização é diferente das demais atualizações porque parece ser muito mais uniforme entre os nichos.
- O SEMRush mostrou que os setores mais impactados foram Viagens, Imóveis, Saúde, Pets & Animais e Pessoas & Sociedade. Aqui o quadro de volatilidade por setor:
- O Search Metrics disse que essa atualização parece menos focado em EAT e, pelo jeito, o Google pode estar trabalhando novamente em fatores de conteúdo combinados com fatores de marca (talvez incluindo CTR/dados do usuário).
- Para o MarketMuse, os resultados de pesquisas locais mudaram e há influência dos links nas classificações dessas buscas – o que não quer dizer qualidade.
- Em uma análise do Path Interactive usando a ferramenta Sistrix, a novidade mais perceptível da atualização de maio é a reversão de sites que tiveram grandes ganhos como resultado de atualizações anteriores. A análise deles é a mais completa até agora.
- E por último, a Marie Haynes Consulting faz uma pergunta muito importante: você foi afetado pela nova atualização ou pela Covid-19?
Opinião do Bazon:
“Um dos sinais mais fortes dessa atualização sem dúvida está relacionado a mudança no comportamento de pesquisa dos usuários, como o pessoal da Marie Hayne Consulting questionou.
As buscas diárias aumentaram vertiginosamente: no final de abril eram mais de 20 bilhões por dia e isso com certeza deu uma bagunçada nos algoritmos do RankBrain, BERT, entre outros que operam com machine learning.
Nos quase 50 projetos ativos no SEMrush, entre clientes do Brasil e Inglaterra, notamos uma certa instabilidade, mas na minha opinião nada que possa ser relacionado com essa atualização.
Na média as melhoras de posicionamento foram positivas nas últimas duas semanas. Se foi a Core Update é apenas um sinal de que continuamos fazendo a coisa certa para nossos clientes”.
Até o Google reduziu o investimento em marketing
O todo poderoso Google vai cortar pela metade o seu orçamento de marketing previsto para o resto do ano, já que a receita de anúncios também vai diminuir por causa da pandemia.
Cerca de 15% da receita do Google Ads vem da indústria de turismo. As Olimpíadas de Tokyo, que seriam a galinha dos ovos de ouro de 2020, foram postergadas.
Sem falar em tantos outros eventos, competições e comemoração que foram varridos do calendário neste ano.
Se a maior parte das receitas do Google vem dos anúncios (mais de US$ 130 bi no ano passado), isso quer dizer que mais mais mudanças vêm por aí?
Opinião do Bazon:
“Sem dúvida é um momento de incertezas no qual precisamos escolher nossas batalhas e nossos investimentos.
A mensagem que essa notícia me passa é:
Temos que reduzir os investimentos em marketing, mas não pará-los por completo.”
Ferramenta que monitora tendências de pesquisa em categorias do e-commerce
Chega de falar de corona por hoje. Vamos falar de comportamento.
Sabemos que comportamento do consumidor está mudando. Devido a… pandemia do novo coronavírus (é, não deu).
O Google disponibilizou uma ferramenta que analisa as categorias que estão crescendo, quais buscas estão sendo feitas sobre elas e de onde elas vêm em determinado período (semanal, mensal ou anual).
Mas por enquanto, só USA, UK e AUS estão aproveitando a novidade.
E foi com essa ferramenta que descobri um tipo novo de farinha, a “raising flour”, que leva, além da farinha, fermento e sal.
Vai lá: https://www.thinkwithgoogle.com/feature/category-trends/
Opinião do Bazon:
“Essa nova ferramenta está sendo muito útil para nossos projetos no UK.
Por meio dela geramos ideias de novos conteúdos, priorizamos otimizações e até usamos para escrever artigos para nosso blogs.
The Impact of Coronavirus on Search Trends.
Enquanto ela não traz insights para as tendências de pesquisa do Brasil, você pode e deve utilizar o Google Trends, pois é de lá são extraídos esses dados”.
Você sabia que dá para ter um site gratuito por meio do Google My Business?
Um site gratuito e fácil de usar parece bom demais pra ser verdade. Mas é.
O Google My Business é uma ferramenta para que as empresas possam controlar sua presença no Google. Ele sempre foi subestimados pelos experts em SEO, mas não deveria.
Sabe por quê? Eles são:
- Rápidos
- Mobile
- Compatíveis com HTTPS
Ou seja, ele é crawl-friendly!
E ainda: o Google Local está de volta com mais força que nunca, pronto para competir com as Páginas do Facebook.
Opinião do Bazon:
“Quem foram as páginas de local business do Facebook perto do Google Meu Negócio?
Alguém aqui procura por negócios locais no Facebook?
Não, né …
Confesso que como heavy user to GMN não conhecia essa feature até o artigo mestre do Local SEO Mike Blumenthal.
Sem dúvida uma feature incrível para micro e pequenas empresas que estão precisando se digitalizar”.
Mudanças no AMP stories
Ele mudou de nome. A partir de agora, o mundo vai chamá-lo de Web Stories.
O Web Stories vai continuar permitindo que criadores e editores controlem seu conteúdo, e oferecendo uma experiência ágil, consistente e confiável para os usuários.
O time AMP anunciou também que mais novidades virão por aí, como guias para criar e contar histórias com a ferramenta online.
Enquanto isso não acontece, reveja esse ótimo uso da ferramenta Web Stories, que mostrou o futuro dos carros no Autoesporte da Globo.
Opinião do Bazon:
“Não sou muito fã de AMP, mas sem dúvida é uma obrigatoriedade para produtores de conteúdo e portais de notícia.
A visibilidade que o Web Stories dá para os artigos e notícias é um deal breaker para atrair mais tráfego orgânico em SERPs cada vez mais competitivas”.
John Mueller lembrou que todos deveriam se preocupar com a velocidade
Na semana passada, Webmaster Trends Analyst do Google John Mueller apresentou o Web Vitals, iniciativa do Google para fornecer orientação unificada para sinais de qualidade, essenciais para oferecer uma boa experiência ao usuário.
As “Core Web Vitals”, ou seja, aquelas necessidades básicas para o usuário que serão medidas são, de acordo com a iniciativa:
- Experiência de carregamento
- Interatividade
- Estabilidade visual do conteúdo da página
Mais métricas vão ser cobertas ao longo do tempo, mas, enquanto isso, já dá pra ir aprendendo e dominando essa novidade.
Opinião do Bazon:
“Se FCP, FMP, Speed Index, CPU Idle, Input Latency não fossem o bastante, novas métricas foram introduzidas. São elas:
- LCP: Largest Contentful Paint
- FID: First Input Delay
- CLS: Cumulative Layout Shift
Calma, não entre em pânico.
Basicamente, o foco está cada vez maior em métricas real time de tempo de carregamento. Para isso recomendo que utilizem o Chrome User Experience Report no Google Data Studio”.
Usar ou não usar emojis nos snippets?
John Mueller anda mais ativo do que nunca no Twitter.
Ele respondeu uma pergunta que vai ao encontro dos tempos em que vivemos, ainda mais os jovens: emojis, usar ou não usar nos snippets?
Resposta: ele desaconselha, pois é “pouco profissional”.
Porém, não dá pra negar que, se for bem usado, o emoji pode aumentar o seu CTR e alimentar o SEO local.
Opinião do Bazon:
“Compartilho da mesma opinião do JohnMu, contudo, estamos usando em um cliente devido às características do público e competitividade das SERPs.
Portanto, é o famoso depende. Se fizer sentido experimentem e testem se ajuda a melhorar o CTR”.
Essas foram as novidades da semana. Sentiu falta de alguma coisa? Quer bater um papo sobre uma delas?
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