Se tá ruim pro Google, imagina pra gente…
Enfrentando pelo menos quatro grandes investigações sobre cartel em dois continentes, no fim do mês o Google foi interrogado pelo Congresso estadunidense sobre suas práticas de mercado (Facebook, Amazon e Apple também).
Aqui a gente vai explicar tudo o que aconteceu e o que isso tem a ver com a gente. Pega a pipoca porque vem treta boa por aí!
Qual é o problema?
As quatro big techs estão sendo investigadas pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA por supostas práticas de monopólio de mercado.
O que o Comitê quer saber é se as empresas trabalham de forma desleal para prejudicar e eliminar concorrência de empresas menores.
Detalhando o caso do Google, a preocupação é com o abuso de sua influência na publicidade digital, já ele controla ⅓ dos gastos com anúncios online de todo o mundo e 90% do mercado de ferramentas para esse fim, como o Google Ad Manager.
Os conservadores também afirmam que há uma “censura” dos republicanos, motivo de ira do presidente Donald Trump, que já prometeu uma futura legislação para limitar gigantes da tecnologia.
Segundo Jerrold Nadler, presidente do Comitê Judiciário da Câmara, “Desde junho do ano passado o subcomitê investiga o domínio de um pequeno número de plataformas digitais e a adequação das leis e aplicação antitruste existentes”.
O que dizem os CEOs?
O mesmo Jerrold Nadler ainda disse que o testemunho dos CEOs das empresas envolvidas são essenciais para a transparência devida com o povo.
É por isso que em 29 de julho, Sundar Pichai do Google, juntamente com Mark Zuckerberg (Facebook), Tim Cook (Apple) and Jeff Bezos (Amazon) participaram de uma audiência com o Subcomitê do Poder Judiciário da Câmara.
Em quase cinco horas de depoimentos, basicamente todos os interrogados negam as acusações. Você pode ver a audiência completa no YouTube.
Aqui estão algumas das frases mais relevantes que o representante do Google usou a seu favor:
Ao ser acusado de mostrar apenas o conteúdo mais lucrativo para a empresa em resposta às buscas dos usuário, o CEO afirmou que a empresa “sempre foca em fornecer aos usuários as informações mais relevantes”.
Apesar da imagem onipresente, o Google também enfrenta concorrência. “Por exemplo, as pessoas têm mais maneiras de procurar informações do que nunca, e isso acontece cada vez mais fora do contexto de um mecanismo de busca”.
Pinchai defende que os investimentos na criação de novas ferramentas e produtos da empresa são um “investimento no futuro da América” pois “por meio destes investimentos, as nossas equipes de engenheiros estão ajudando os EUA a solidificarem a sua posição como um líder global em tecnologias como inteligência artificial, carros autônomos e computação quântica”.
E o SEO?
É aqui que a coisa começa a ficar mais interessante pra gente!
Alguns documentos liberados pelo Congresso detalharam – entre outras coisas – alguns segredos do algoritmo do Google (dá pra ver a íntegra está no site do Judiciário).
Na verdade, não há nada que a gente não soubesse: a empresa confirmou que usa sinais dos usuários, como cliques, para entender e medir o domain authority de um snippet e que utiliza machine learning como fator avaliativo da qualidade humana.
Randy Fishkin analisou as diversas páginas de documentos e compilou em seu Twitter os pontos mais importantes para nós:
O desfecho
É claro que não acabou.
Em 15 de setembro, o painel antitruste do Comitê Judiciário do Senado vai realizar uma nova audiência para discutir a predominância do Google na publicidade online.
Ou seja, voltaremos com mais treta em breve!
Opinião do Bazon:
“Não é no Brasil, mas acho que isso vai acabar em pizza!
Explico porque …
Primeiro porque os congressistas Americanos não estão preparados para entrevistar pessoas como Jezz Bezos, Mark Zuckerberg, Tim Cook e o CEO do Google Sundar Pinchai.
Segundo, as perguntas que estão feitas são no mínimo sem fundamentos e não consigo ver como vão provar que os gigantes tecnológicos infringiram as leis de antitrust dos Estados Unidos.
Para saber mais sobre Antitrust Law aqui vai um artigo da Wikipedia.
Sobre o caso do Google esperava que o comitê pegasse firme nas questões dos zero clicks searches, o fato de que utilizam nossos dados para criar os featured snippets e outros elementos nas SERPS que tentam manter o usuário em sua página.
Me pareceu mais uma inquisição do Congresso Americano sobre ajudas que o Google enviou à China e os emails trocados executivos da empresa com integrantes do Governo Chinês.
Ao meu ver mais um caso de paranóia do Presidente Trump em sua infindável guerra psicológico contra a China.
Minha esperança era que o congresso Americano forçasse o Google a explicar em detalhes algumas partes do algoritmo mas infelizmente isso não irá acontecer.
O jeito é continuar se adaptando às mudanças da SERP. Mais um dia normal na vida de um SEO.
P.S. Leiam com atenção os tweets do Fishkin, há insights valiosos de como o Google utiliza alguns fatores para ranquear uma página. Principalmente aqueles relacionados ao comportamento dos usuários, que eles juram de pé junto não influenciar.”
Esse foi só o começo de uma série de edições especiais que vamos ter aqui. Vem muito conteúdo de primeira qualidade por aí, e, se eu fosse você, não perderia por nada.
Vamos comentar a treta e compartilhar? #HHGSEONEWS
Até mais!
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