Google AI Mode no Brasil: Conheça as funcionalidades e os impactos para o SEO

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O Google AI Mode promete transformar a busca como conhecemos. Descubra o que muda para o SEO, os desafios e as oportunidades dessa nova era — e como se adaptar para continuar relevante.

Se você achava que o Google já estava avançado com o AI Overviews, prepare-se: em setembro de 2025, o gigante das buscas anunciou o lançamento do Google AI Mode em português brasileiro. A tecnologia vem com a promessa de elevar a experiência de busca a um novo patamar.

O Google anunciou o AI Mode oficialmente em março de 2025 e, desde então, aposta em promessas de transformação na forma como as buscas são feitas. O lançamento começou nos Estados Unidos, e a expansão para outros 180 países começou em agosto de 2025

no início de setembro veio o anúncio da expansão para outros idiomas, incluindo português brasileiro. Só de olhar para as datas já é perceptível que há uma intensificação nos esforços para levar a tecnologia ao máximo de usuários possível, tentando, novamente, sair à frente na corrida das IAs.

Neste artigo, vamos explorar o que é o Google AI Mode, como ele se diferencia do AI Overview e, principalmente, como você pode se preparar para esse novo cenário de buscas em suas estratégias de SEO.

O que é o AI Mode do Google?

O Google AI Mode traz uma nova forma de pesquisar na internet com uso de Inteligência Artificial. A interface vai além das demais IAs Generativas, oferecendo resultados e respostas mais detalhadas e customizadas ao interesse e comportamento de cada usuário.

Em vez de apenas gerar resumos sobre determinados temas, como já acontecia com os AI Overviews, essa nova funcionalidade permite que os usuários ativem um modo avançado de buscas geradas por IA, oferecendo respostas ainda mais detalhadas e aprofundadas.

AI Mode funcionando no mobile – referência: Search Engine Land

O lançamento é um passo do gigante do Grupo Alphabet no que agora chamamos de corrida das IAs. Ela começou com o ChatGPT, passou pelo Gemini e Copilot, e agora envolve uma série de outras ferramentas, LLMs e funcionalidades dentro e fora dos mecanismos de pesquisa. 

Qual a diferença entre Google AI Mode e Google AI Overviews?

O recurso AI Overviews funciona como um “snippet avançado” de respostas. Já o AI Mode transforma o Google em um verdadeiro assistente digital, respondendo perguntas de forma muito mais sofisticada. Abaixo, veja uma tabela que ilustra melhor as diferenças entre os dois.

A tabela abaixo ajuda a entender as diferenças que existem atualmente entre as duas funcionalidades:

CaracterísticaAI OverviewAI Mode
Tipo de respostaResumo rápido e objetivoExplicações detalhadas e aprofundadas
InteratividadeEstáticoRespostas geradas dinamicamente com base em contexto adicional
Integração com SERPsAparece de forma limitadaRespostas podem substituir parte dos resultados
Impacto no SEORedução do CTR, mas ainda leva tráfego para sitesPode diminuir ainda mais a necessidade do clique

A novidade foi anunciada no blog “The Keyword”, do Google, em 05 de março de 2025. Ele já está disponível para testes, mas, por enquanto, o acesso é limitado. A novidade foi lançada dentro do Google Labs, permitindo que apenas assinantes do Google One AI Premium nos Estados Unidos experimentem o recurso em primeira mão.

Segundo o Google, os usuários podem ativar o AI Mode das seguintes formas:

  • Pelo site do Google: ao inserir uma consulta e selecionar a aba “AI Mode” logo abaixo da barra de pesquisa.
  • Por um link direto: acessando https://google.com/aimode.
  • No aplicativo do Google: tocando no ícone do AI Mode, que aparece na tela inicial da busca.

As imagens a seguir, extraídas de um conteúdo do 9to5 Google, mostram como será a interface:

print screen da interface do AI mode

Indicação de leitura complementar: no blog do Google existe um documento que explica com muitos detalhes o AI Mode e o AI Overviews.

Continue aqui para conferir percepções e reflexões sobre os impactos do novo recurso no SEO.

O que muda para o usuário com o AI Mode?

Para quem busca informações no Google, o AI Mode representa uma experiência muito mais intuitiva e rápida.

Em vez de precisar navegar por diversos sites para encontrar a resposta desejada, o usuário pode simplesmente perguntar algo e receber uma explicação detalhada e personalizada instantaneamente.

Por trás do AI Mode, há um motor poderoso: o Gemini 2.0. Essa é a mais recente evolução dos modelos de IA do Google, permitindo que o AI Mode ofereça respostas mais ricas, personalizadas e contextuais.

O Gemini 2.0 aprimora a capacidade de compreensão das buscas e refina como o Google organiza informações para gerar respostas mais completas e a presença do Gemini 2.0 também significa que os publishers e profissionais de SEO precisam se adaptar a um novo modelo de otimização.

E indo além das respostas contextuais, o AI Mode agora possui recursos agentic, que permitem executar tarefas práticas. O usuário pode, por exemplo, pedir ajuda para reservar um restaurante com restrições específicas, e a IA busca em tempo real em plataformas parceiras, apresenta opções disponíveis e direciona diretamente para a página de reserva.

As recomendações são personalizadas com base no histórico de buscas e preferências de cada usuário e é possível compartilhar as respostas do AI Mode, certamente uma ação simples da empresa para aumentar o alcance do recurso. 

A IA consegue interpretar intenções com mais precisão, reforçando a necessidade de criar conteúdos estruturados, originais e bem direcionados para serem aproveitados dentro das respostas da IA.

Menos cliques, mais respostas diretas

O modelo tradicional das SERPs já vinha sendo desafiado pela IA generativa. Agora, com o AI Mode, as buscas informacionais correm um risco ainda maior de se tornarem “buscas zero clicks”

O Google responde à consulta sem que o usuário precise sair da plataforma, diminuindo a necessidade de acessar os sites originais.

Um grande exemplo disso é como as respostas são super personalizadas, específicas e pensadas (se é que podemos dizer que uma AI “pensa”) para atender muito bem às intenções de busca. Veja só, com imagens também extraídas do 9to5 Google:

Referências

Isso significa que estratégias de SEO precisam se adaptar, deixando de focar apenas no ranqueamento tradicional e considerando como aparecer nas respostas geradas pela IA.

Quais são as capacidades do Modo IA?

Como já explicamos, o Modo IA está recebendo o que chamam de “capacidades agentivas” que permitem ao Google executar tarefas em nome do usuário. Na primeira fase, esses recursos incluem buscar e agilizar reservas em restaurantes de acordo com diferentes critérios (número de pessoas, data, horário, localização, tipo de culinária). Em breve, também será possível marcar serviços locais e comprar ingressos para eventos.

Para realizar essas tarefas, o Modo IA combina navegação em tempo real na web (Project Mariner), integrações diretas com parceiros, além do Knowledge Graph e do Google Maps, oferecendo links diretos para páginas de reserva.

Essa nova experiência já está sendo disponibilizada, de forma gradual, para assinantes do Google AI Ultra nos Estados Unidos, dentro do experimento “Capacidades agentivas no Modo IA”, no Labs.

Como o Google AI Mode personaliza os resultados de busca e qual o nível de controle dos usuários?

O AI Mode personaliza os resultados de busca considerando conversas anteriores do usuário, histórico de pesquisas no Search e no Maps, além de interações em outras ferramentas do Google, como Gmail e Chrome, para construir um perfil comportamental. Isso permite identificar preferências pessoais, como escolhas alimentares ou tipos de assento preferidos, e oferecer opções mais relevantes. 

Por exemplo, se o usuário demonstra preferência por comida italiana e mesas ao ar livre, o AI Mode pode sugerir restaurantes que atendam a esses gostos em uma busca por almoço rápido.

Os usuários mantêm controle sobre quais informações compartilham com o Google e podem ajustar as configurações de personalização em sua Conta Google a qualquer momento.

Qual o papel do Generative Engine Optimisation (GEO)?

Para garantir que seu conteúdo seja utilizado pelo Google na geração dessas respostas, entra em cena o Generative Engine Optimisation (GEO)​. 

O objetivo do GEO é fazer com que as informações do seu site sejam compreendidas, processadas e utilizadas pelas IAs generativas, garantindo que sua marca seja citada mesmo sem depender de um clique.

Ou seja, não basta mais estar no topo das SERPs — agora, é preciso estar dentro da resposta da IA.

Information Gain Score (IGS): destaque para conteúdo original

Com o AI Mode, o Google valoriza conteúdos que realmente agregam novas informações às respostas. O Information Gain Score (IGS)​ se torna um fator ainda mais importante, priorizando materiais que tragam algo novo ao invés de apenas repetir o que já existe.

Isso reforça a necessidade de criar conteúdos profundos, com insights únicos e dados originais, para serem selecionados e destacados pela IA – é o conceito de 10x Content.

Barry Schwartz disse, em um texto publicado no Search Engine Land, que o Google disse a ele que assim como no AI Overviews, o AI Mode destaca links relevantes para ajudar as pessoas a encontrarem conteúdos que ainda não encontraram.

Isso até fará com que, às vezes, os resultados trazidos no AI Mode difiram do AI Overviews. Como é possível interagir com diferentes comandos, as respostas (e seus links) podem se tornar cada vez mais contextuais.

Ainda de acordo com Schwartz, os modelos de treinamentos conseguem determinar quando e como linkar e apresentar informações para serem as mais úteis e acionáveis possíveis. Por exemplo, se a jornada estiver relacionada a um roteiro de viagem, podem aparecer links para agendar o voo e o hotel.

Atualizações nas diretrizes de meta tags para robôs

Além de lançar o AI Mode, o Google também ajustou suas diretrizes para meta tags de robôs, oferecendo aos sites um maior controle sobre como seus conteúdos são utilizados nas respostas da IA.

Agora, os administradores de sites podem usar meta tags específicas para decidir se permitem ou não que seu conteúdo seja processado pelo AI Mode.

Ou seja, se um site quiser impedir que sua informação seja usada na geração das respostas da IA, ele pode fazer isso diretamente no código-fonte.

Essas mudanças geram um debate importante: será que as empresas devem bloquear a IA do Google ou tentar se adaptar para garantir visibilidade dentro do novo formato de busca?

A resposta pode estar na estratégia da marca. Em vez de simplesmente negar acesso, o ideal é otimizar os conteúdos para serem citados e referenciados no AI Mode, trazendo não só visibilidade como também credibilidade dentro do novo modelo de busca baseado em inteligência artificial.

Search Experience Optimisation (SXO): a experiência do usuário como diferencial

O Search Experience Optimisation (SXO)​ também ganha relevância, pois a IA do Google está cada vez mais focada na experiência do usuário como fator de ranqueamento. Conteúdos que entregam respostas claras, rápidas e bem estruturadas terão maior probabilidade de serem utilizados nas respostas da IA.

Na prática, o que fazer para potencializar o SEO para o Google AI Mode?

O Google AI Mode vem para mudar definitivamente o comportamento de busca dos usuários e os SEOs devem ficar ligados nisso e entender como se tornar uma referência para aparecer em tais resultados.

Para continuar relevante, sua marca precisa estar onde as respostas estão sendo geradas, ou seja, trabalhar a presença online nunca foi tão importante.

Abaixo, separei algumas das principais estratégias de GEO para essa adaptação:

Construa conteúdos com autoridade e especificidade

Se o Google está focando em respostas mais completas e confiáveis, significa que o caminho para ser referenciado dentro do AI Mode é se tornar uma fonte de informação incontestável.

  • Topical Authority: nunca foi tão importante construir autoridade de tópico e tornar a marca uma entidade reconhecida pelo Knowledge Graph to Google.
  • Aprofunde seus conteúdos: o Google está usando o Information Gain Score (IGS) para identificar conteúdos que realmente agregam algo novo. Então, nada de “mais do mesmo”. Traga dados originais, insights e uma visão única sobre o tema.
  • Use especialistas como fonte: quando um artigo cita pesquisas, estatísticas e entrevistas com especialistas, ele tem mais chances de ser referenciado nas respostas geradas por IA.
  • Atualize regularmente: conteúdos antigos e desatualizados dificilmente serão usados pelo Google AI Mode. Mantenha seu conteúdo atual e relevante.

Em suma, estratégias de Topical Authority ganham ainda mais importância em projetos de SEO.

Expanda sua presença digital para além do Google

Se os cliques nos resultados tradicionais das SERPs estão caindo, não dá para depender só do Google. A solução? Fortalecer outras fontes de tráfego.

  • SEO para YouTube e redes sociais: as buscas não acontecem somente no Google. Plataformas como YouTube, TikTok, Instagram e LinkedIn são essenciais para capturar tráfego orgânico.
  • E-mail marketing e comunidades: crie listas de e-mail e comunidades próprias para que sua audiência não dependa de algoritmos de terceiros.
  • Conteúdos multimídia: materiais como podcasts, webinars e newsletters criam conexões mais profundas e reduzem a dependência do Google.

Ajuste KPIs e outros indicadores para a nova realidade

Com a mudança no comportamento da busca, as métricas tradicionais de SEO precisam ser recalibradas.

  • Não foque apenas em CTR, mas também em engajamento: se os cliques nas SERPs diminuírem, o foco deve ser a retenção e conversão dos visitantes que chegam até seu site.
  • Acompanhamento de mentions e brand search: estar nas respostas do AI Mode significa que sua marca pode ser mencionada sem gerar um clique imediato. Acompanhar quantas vezes sua empresa é citada se torna essencial.
  • Monitoramento de tráfego de IA: novas ferramentas devem surgir para analisar quais trechos do seu conteúdo estão sendo usados pelas IAs — e isso pode virar um diferencial competitivo.

Leia também: Tendências de SEO para 2025: entenda como os nossos experts estão enxergando o futuro do SEO

As buscas mudaram. E as suas estratégias?

O Google AI Mode não é só mais uma atualização de algoritmo.

É uma transformação profunda na forma como os usuários consomem informações. Os profissionais de SEO que não se adaptarem a esse novo cenário arriscam desaparecer.

O modelo antigo, baseado apenas em cliques orgânicos, está cada vez mais enfraquecido. Agora, a presença digital vai além das SERPs e depende de fatores como autoridade, estruturação de dados e adaptação para IA generativa.

Não, mais uma vez, o SEO vai morrer — ele está evoluindo mais uma vez e mais rápido do que nunca.

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Sobre o Autor...

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Felipe Bazon

Felipe Bazon é CSO da Hedgehog Digital e um dos profissionais de SEO mais renomados do país com reconhecimento internacional. Em 2015 e 2020 foi eleito profissional do ano de SEO no Brasil. Além da vasta experiência operacional, é também orador regular em eventos como E-show, OME Expo, Des-Madrid, Digitalks, RD Summit e Brighton SEO.

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2 Responses

  1. Com certeza o AI Mode vai tirar todos que trabalham com SEO da zona de conforto! Está na hora de pensar ainda mais fora da caixinha. Ótimo texto, muito rico.

  2. O AI Mode entrega as respostas completas dentro da SERP, o que potencializa o risco de “zero-clicks” e reduz tráfego direto para publishers, isso força repensar o valor do conteúdo além de visitas. Como auditar impacto real se a menção não gera clique nem receita direta?

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